Compreendo a frustração, mas o problema original está mesmo no Android Wear OS e não propriamente nos relógios inteligentes da Samsung. Com o anterior sistema operativo, o Tizen, os relógios da Samsung tinham um pouco mais de autonomia que os actuais modelos disponíveis. Aliás, o Galaxy Watch Ultra é o que consegue 2 dias e qualquer coisa com Always On Display, embora algumas medições são espaçadas para evitar muito consumo da bateria (por exemplo, o Heart Rate Monitor mede apenas de 10 em 10 minutos). A minha experiência com o Ultra confirma estes valores de autonomia.
Se deixarmos o Wear OS e entrarmos em territórios mais híbridos ou até de fitness watches, conseguimos autonomias de 5, 7 ou até 14 dias e com muitos mais sensores ligados. Claro que a experiência é diferente - desde a qualidade inferior dos ecrãs até ao número limitado de Apps disponíveis, mas é um compromisso que tem que ser feito actualmente para ter uma duração de bateria razoável.
Quanto à incapacidade de utilizar o reverse wireless charging, a questão é a forma do novo cluster de sensores no Watch 7. Para que as medições sejam o mais fiáveis - e agora há medições de coisas bem mais sensíveis, como a tensão arterial - a Samsung implementou os sensores de uma forma a melhorar a eficácia das medições, com o custo de colocar o coil de carregamento mais longe das costas do relógio e, assim, não consegue uma boa ligação com os telemóveis. Acrescem ainda os factos de que wireless charging é bastante ineficiente e gerador de calor, bem como a perda de energia adicional por estar a usar o telemóvel em vez de um carregador, a "remoção" do reverse wireless charging não é assim tão má. Especialmente no Ultra, que demora mais de 2 horas a carregar totalmente com o seu carregador próprio...
Sim, é chato não poder carregar um pouco o smartwatch para que ele trabalhe mais um pouco com o recurso ao telemóvel que já tem essa tecnologia. Mas uma powerbank e o carregador original fazem um muito melhor trabalho e sem esforçar ainda mais a bateria do telemóvel.